"Só nos foi possível tomar conhecimento dessa história em 1960, quando um leiloeiro de Munique, na Alemanha, anunciou a venda de oito mil cartas de Maria Luisa, irmã de D. Leopoldina (duzentas e quarenta cartas da nossa imperatriz).
Desta forma, conhecemos com mais intimidade a arquiduquesa Leopoldina que falava onze idiomas, dentre eles, o esloveno, croata, tcheco, alemão, húngaro, turco, boêmio, espanhol, italiano, português e o latim. Além disso era conhecedora da arte heráldica e determinou que as cores do Brasil depois da independência, fosse o verde-amarelo. Sempre atuante, também ajudou a redigir os textos para D. Pedro, sendo possível neles verificar sua inicial, abaixo da assinatura do Imperador.
Se perguntarmos a qualquer brasileiro o nome de uma mulher que tenha se destacado ao lado de D. Pedro I, certamente obteremos a resposta: " Marquesa de Santos" que entrou para a história como sinônimo de suas proezas amorosas.
Porém, diante deste romance, o índice de rejeição da população tomou proporções desmedidas contra o Imperador, já que D. Leopoldina era muito querida pelos súditos, pois havia conquistado a solidariedade das camadas populares. Temendo manifestações mais radicais do povo contra ele, Pedro ordenou que a Imperatriz permanecesse em cárcere privado. Ela adoeceu em decorrência de um ponta-pé desferido em seu ventre por D. Pedro, morrendo aos 29 anos.
Creio que o resgate histórico é fundamental para que o mundo moderno caminhe para a verdadeira igualdade de gênero; relembrar este fato é prestar a devida homenagem à Leopoldina, que foi exemplo de perseverança, coragem, amor e devoção ao Brasil".
Que hoje junto ao grito do Ipiranga, muitas mulheres com semelhança de vida com Leopoldina possam dar o seu grito, aqui deixo o meu com o apaziguamento e na forma do tempo, o esquecimento. Mulheres mártires é bonito só na foto, combino mais em ser pacificadora.
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