domingo, 30 de maio de 2010

Anos-luz de solidão
                           Amauri Baldine

Os pequenos lumes que daqui vejo
São grandes luzeiros na amplidão escura.
Inertes, rebrilham açoitando as trevas;
Fulguram singelas centelhas de ternura.

Os cintilantes lumes que daqui vejo
Impõem seu brilho na imensa escuridão.
Despontam imponentes; hostes no firmamento,
Mesmo havendo entre eles anos-luz de solidão.

Os distantes lumes que daqui vejo
Compõem poemas de suave reflexão.
Segredam em silêncio a quem sabe lê-los,
Que há fagulhas no recôndito do coração.

Os lumes que daqui vejo,
A anos-luz de solidão.

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