Colo de mãe

Colo de mãe
Ester Polli

Maio é o mês em que comemoramos muitas datas, iniciamos no seu primeiro dia homenageando o trabalho e no segundo domingo reunimos a família e prestamos homenagem às mães. Também é considerado o mês das noivas, porque vejamos bem, começa com trabalhoxmãexnoiva. A mulher quando casa, assim como o homem também, passa a ter mais um contrato de trabalho na sua vida. Já a mulher é diferente, porque ela tem a maternidade e ajudada pelo pai gera o filho, depois de ser fecundada começa todo um trabalho só dela, onde tem que alimentar o feto, cuidar o que come, na manutenção da sua beleza tem que observar os produtos que utiliza, na medicação da sua saúde a mulher antenada lê e relê a bula, mesmo quando o médico prescreve a receita, temendo que possa vir a prejudicar o seu bebê, enfim ela preserva a sua prole como ninguém. As roupas são aumentadas, vê todo o seu corpo entrar em uma nova dimensão, seus seios adquirem uma sensibilidade incrível, todos os seus movimentos são mais pesados, a sua rotina aos poucos vai sendo mudada e a criança ao nascer muda totalmente a sua vida.
As que não foram agraciadas por opção ou por não poderem ser mães, jamais saberão saber o real sentido de todas essas palavras. Enquanto isso nos fóruns muitos pedidos para adoções estão sendo despachados às mulheres que sabendo da sua condição de não ser a genitora, mas em poder adotar e educar uma criança, dar o mesmo carinho e o mesmo amor daquela que o gerou ou ainda em muitas vezes ser a salvação de mais um ser que veio ao mundo. O contrato de um trabalho prazerozo, longo e por tempo indeterminado, onde à mãe cabe a tarefa do ensinar e do acolher.
Em lares institucionais ou de ongs, neste dia das mães, o agora, o de hoje, também estão esperando por um abraço muitas crianças e adolescentes, que já não são bebês, mas precisam da educação e do acolhimento de um colo de mãe. Quem sabe seja o seu?